RAPIDINHAS parte 1.
HÉTERO
É noite. Estamos no carro dando uns amassos, está uma delícia. O seu corpo quente aquece o meu me fazendo suar pela espinha e me levar à loucura. Sua boca é doce e macia, e beijá-la é estonteante, viciante, envolvente. Te seguro firme, puxo seu cabelo, entrelaço minhas pernas entre as suas. O clima nos leva a uma excitação sem limites em que não se pensa, apenas faz. Os segundos se passam devagar e a cena picante fica a cada momento mais interessante. Você é danada, safadinha, sabe me levar de jeito, conhece minhas fraquezas e eu sei que você sofre, você pensa, você cria e imagina. Meus sentimentos por você são como um de um leão faminto pronto para saborear a carne fresca de um cervo recém atacado. Nunca conversamos muito, e quando tentamos, nossa curta conversa resume-se a esta finalidade. É uma atração mútua que transa bem, que faz gostoso. Quando não estou com você eu fecho os meus olhos e te imagino gemendo ao ouvir as coisas que eu sussurro em seus ouvidos. O que? Quero te dar algo melhor, algo que você nunca teve. Um amor mais forte e mais ágil, um amor que faça seu mundo desaparecer. Como esperei ansioso por esse momento. Tento não pensar muito. Apenas escorrego minhas mãos pelo seu corpo, que agora nu, está molhado o bastante para me fazer experimentar o seu suco salgado que expele de seus poros. O calor nos derrete e não passa muito tempo até estarmos nus, trocando línguas, trocando salivas. Você é louca! Não tem pudor. A única coisa que ela quer é que aquele momento rápido seja válido. Ele não fala, ele geme. Ela curte, mas precisa de espaço. Ele puxa os cabelos longos dela como se fosse uma vadia, é rude, mas no fundo ela gosta. Gosta de se sentir dominada, sabendo muito bem que quem domina, na verdade, é ela. Homens são frágeis e elas são verdadeiras leoas que não sabem como manter um ritmo estático. Cinco minutos se passam e eles já acabaram com o serviço sujo. O medo subiu-lhe as veias e o nervosismo dele a intimidou. Para ele, ter gozado com uma rapidinha é uma experiência única. Para ela, uma decepção ao pensar: “Só isso?” Pois na mente dela, não há medo, não há nada que a confronte. Mulheres, sexo frágil. Desde quando? Esse raciocínio machista já não faz o menor sentido. Não pense nas rapidinhas, que apesar de serem de matar de gostosas, você pode oferecer muito mais que cinco minutos do seu prazer, da sua força e da sua vontade de fazer um sexo que, na verdade, pode durar uma noite inteira.
GAY
Não é de hoje que eles estão a fim de um sarro. Já se viram antes pelos corredores, porém nenhum foi homem o bastante para tomar iniciativa. Os corredores cheios da faculdade intimidam. É um dia qualquer da semana quando seus olhares se esbarram novamente. Um deles segue em direção ao banheiro. É um banheiro pouco usado, lugar perfeito para uma pegação daquelas. O olhar safado dele diz tudo: “Me siga”. É agora ou nunca. Ou caga ou sai da moita. É assim que funciona. Eles entram e vão direto para o mictório ficando um ao lado do outro fingindo estarem mijando quando na verdade estão comparando seus dotes. Os nervos rígidos gritam a flor da pele de ambos e menos que se esperam já partiram para uma das divisórias sanitárias e a temperatura sobe 80 graus ao fecharem a porta. O tão aguardado beijo rola sem ao menos ter tempo de saber o nome. Saber o nome pra quê? Eles não têm muito tempo e precisam terminar rapidamente antes que alguém mais entre no banheiro. Beijos molhados descem para o pescoço e vai parar nos mamilos. Com os olhos fechados, controlam as gemidas para que saia baixinho, suave. É como tentar acalmar um vulcão em erupção. Não podem fazer muita coisa a não ser um sexo oral memorável. Daqueles de engolir tudo, engasgar e dar aquela típica babadinha. As mãos deles se escorregam para todas as partes do corpo, e um dedo atrevido molhado com saliva enterra intensamente o órgão rugoso de um deles. Enfia tudo. Na verdade ele não quer o dedo. Mas já é um início para que as coisas fluam. A troca genuína de sêmen esparramados no chão faz aqueles minutinhos terem valido a pena. Quem dera. O homem nunca está satisfeito. Precisam ter mais tempo, organizar mais a cena e aproveitar mais o momento. Aquela gozada não vai ficar só ali no banheiro da instituição. É o inicio de uma série de brincadeiras fogosas que vão rolar durante os dias a seguir. Mas aquela rapidinha foi definitivamente uma prévia de quero mais.