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AIDS HOJE! O QUE MUDOU?


Síndrome da imunodeficiência adquirida. AIDS. O que pensar sobre essa doença que nos meados dos anos 80 até os anos 90 o índice alto de contágio assustava de forma agressiva? O aspecto doente, o tratamento doloroso, infecções desenfreadas, internações constantes, perda abrupta e rápida de peso e a conseqüência inevitável de uma luta incansável: a morte!

Causada pelo vírus HIV, ou Human Immunodeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana), a AIDS é uma doença sexualmente transmissível, mas que também pode ser transmitida através de contato sanguíneo, secreções e fluidos. É altamente contagiosa por essas vias e uma vez infectado, sempre infectado. O HIV é um vírus mutante que ao chegar à corrente sanguínea, tem preferências por um tipo de célula para torna-se hospedeiro e realizar sua multiplicação. São as células imunológicas do nosso sistema, ou seja, aquelas responsáveis por proteger nosso organismo contra qualquer corpo estranho que não faça parte do nosso sistema, os Linfócitos T. O vírus “engana” a célula CD4 (linfócitos T) e habita o seu RNA, aonde se reproduz em milhares de novos vírus, e ao sair, acaba por destruí-la liberando milhões de novos vírus a corrente sanguínea espalhando HIV para todo o corpo. Isso acontece repentinamente num prazo de tempo muito curto, fazendo com que em questão de meses, o sistema imunológico do indivíduo infectado pelo HIV esteja deficiente.

AIDS X HIV

Você sabe qual a diferença entre AIDS e HIV? Existe diferença pra você ou estamos falando da mesma coisa? É uma dúvida cruel que leva muita gente na falta de informação. Falar que alguém tem AIDS é completamente diferente falar que a pessoa tem HIV. É como comer sem estar com fome. Entendeu? Não? Vou te explicar.

HIV é o vírus. AIDS é a conseqüência desse vírus. Ou seja, AIDS é a doença. Ser diagnosticado HIV positivo significa que você possui o vírus no corpo, mas não necessariamente tem AIDS. Mas Guih, então como irei saber se tenho AIDS? Simples, o paciente HIV positivo pode desenvolve AIDS, se o sistema imunológico deste indivíduo se encontrar em estado debilitado ou muito deficiente. Em outras palavras, com um CD4 baixo. Mas o que é um CD4 baixo? Uma pessoa HIV negativo, ou seja, não portadora do vírus HIV, tem em média um CD4 representado numericamente por 1000 (mil), ou acima disso. Quando o individuo é HIV positivo, com o aumento de carga viral no sangue há conseqüentemente a redução do número de CD4, uma vez que já vimos que o vírus destrói as células de defesa. Ou seja, quanto mais vírus no sangue, menos CD4 o portador terá. Entenderam? Então se pode entender por um CD4 baixo, quando o portador do HIV atinge o número inferior a 200 (duzentos), em que o índice de doenças oportunistas é maior. O que são doenças oportunistas? São doenças ocasionadas por um sistema imunológico debilitado. E acredite, são muitas. Essas doenças oportunistas geram novas complicações e infecções no organismo, fazendo com que o paciente desenvolva a síndrome da imunodeficiência.

Então lembre-se, ter HIV é uma coisa, ter AIDS é outra.

QUAIS AS FORMAS MAIS COMUNS DE SE CONTRAIR O VÍRUS HIV

  • Sexo anal, vaginal e oral desprotegido (sem o uso de camisinha)

  • Compartilhamento de agulhas

  • Transfusão de sangue

  • Amamentação, no caso de gestantes (contaminação ocorre devido o leite estar contaminado)

COMO CONTRAIR HIV NO SEXO?

As chances de se contrair o vírus HIV pelo sexo anal é praticamente 95%. O risco é altíssimo. Isso por que quando o pênis entra contato com o canal anal, micro veias do ânus são facilmente arrebentadas, havendo sangue em exposição. O contágio ocorre quando a pele sensível do pênis sofre devido ao contato ou por secreções que saem do canal peniano antes da ejaculação.

O mesmo ocorre com o sexo vaginal. Risco altíssimo de contaminação sem proteção devida. A vagina é sensível e sofre lesões quando o pênis entra em contato com órgão, havendo transmissão de vírus.

O sexo oral é o caso de transmissão de menor risco. Mas a contaminação pode acontecer se o receptor, ou seja, quem estiver fazendo o sexo oral, tiver feridas na boca ou qualquer inflamação nas gengivas. É importante manter a saúde bucal para evitar problemas como esse. A contaminação também pode ocorrer caso o receptor engula o sêmen contaminado por HIV do parceiro.

O TRATAMENTO

Hoje não se vê mais pacientes com AIDS. Bem, é muito menos comum, pelo menos. Isso porque com o passar dos anos, a medicina avançou muito e drogas extremamente eficazes permitiu ao paciente HIV positivo, qualidade de vida normal. Isto é, uma vida como a de quem não tem o vírus correndo nas veias.

O tratamento antirretroviral consiste em um tratamento em que o paciente HIV positivo toma 3 diferentes medicações diárias...para o resto da vida! É isso mesmo! É como um paciente com diabetes que precisa da insulina todos os dias. Ou seja, o HIV tornou-se uma doença crônica, que pode ser controlada. É por isso que hoje não vemos mais a cara da AIDS. Não vemos pessoas morrendo com a doença que há 30 anos, era muito comum. HIV hoje em dia não tem cara, não ter raça nem credo, muito menos sexualidade! Não existe aquele papo de grupos de risco, como ouvíamos antes. Todos nós estamos sujeitos à contaminação se não nos prevenirmos.

E é só tomar o remédio e pronto? Não! Não é só tomar o remédio e pronto. O remédio é uma droga muito forte e pode causar alguns efeitos colaterais nos pacientes de forma diferente. Alguns sentem enjôos, outros têm pesadelos, insônia e acúmulo de gordura corporal. Tudo isso depende de cada organismo. Mas várias pessoas também não sentem nada, ou seja, não sofrem com efeitos colaterais.

É imprescindível que o paciente HIV positivo possua hábitos saudáveis e visite um infectologista semestralmente para avaliar a Carga Viral e a quantidade de CD4.

E o tratamento pode dar errado? Infelizmente pode. O tratamento pode falhar por inúmeras circunstancias, a mais comum é desistência pelo mesmo. Ou seja, se o paciente HIV positivo deixar de tomar os remédios. Isso fará com que os vírus dentro das células de defesa saiam para a corrente sanguínea, multiplicando-se novamente. Vale lembrar que se houver falha no tratamento, outras drogas podem ser usadas, porém o tratamento fica mais complicado e mais agressivo.

E O 3X1?

O três em um é a mais avançada droga antirretroviral usada no tratamento HIV. Consiste em um único medicamento que embutido contém três das substancias usadas nos demais.

HIV+ X HIV-

Parceiros sorodiscordantes são aqueles em que um é HIV positivo e o outro não. Essa relação pode dar certo Guih? É mas é claro que pode! Usando camisinha, se protegendo, vocês podem tudo! Apenas certifique que seu parceiro faz o tratamento corretamente.

OS INDETECTÁVEIS

Como assim indetectáveis? Os indetectáveis são aqueles pacientes HIV positivo que fazem o tratamento de forma correta e que já não oferecem risco de transmissão. Como assim Guih? É que fazendo o tratamento de forma correta, o remédio é capaz de eliminar todo o vírus existente na corrente sanguínea, restando somente aqueles ainda presos e que não saem das células de defesas. Os indetectáveis possuem um número tão pequeno de vírus no organismo que a chance deles contaminarem alguém é praticamente zero.

Então quer dizer que eu posso transar com um HIV positivo indetectável sem camisinha? Poder, você pode. Mas eu não o recomendo. Pois por mais que as chances de transmissão sejam zero, pra quê dar sorte ao azar? Proteja-se. Não custa nada. Mas se acontecer de rolar sem camisinha, também não precisa ficar grilado. Lembrando que isso é apenas para os casos dos indetectáveis, ok?

HIV+ X HIV+

E quando os dois parceiros são HIV positivos? Já que ambos possuem o vírus, podem transar sem camisinha, correto Guih? ERRADÍSSIMO! Se ambos são HIV positivo é aí que o cuidado tem que redobrar. Mas por quê? Porque simplesmente quando duas pessoas HIV positivo transam sem proteção, ocorre troca de vírus. É isso mesmo. O vírus no organismo de X é diferente do vírus no organismo de Y, ocorrendo essa permuta, você terá dois tipos de vírus no organismo dificultando qualquer tipo de tratamento a aceleração para que você chegue à AIDS.

E se os dois forem indetectáveis? Bem, aí já é outra história. Se ambos são indetectáveis, não há risco e até podem transar sim sem camisinha.

TRANSEI SEM CAMISINHA... E AGORA?

FUDEU? Não! Não fudeu nada! Não vamos ser desrespeitosos para quem convive com o vírus HIV. Quem convive com HIV não está fudido. Apenas tem uma situação à uma medicação diária de diferença da sua.

Se você se esqueceu e transou sem camisinha, não há motivos para você entrar em pânico. Mas porque Guih? Porque hoje em dia, se caso isso acontecer, você pode recorrer ao PEP.

O que é PEP? Significa Profilaxia Pós-Exposição. É uma forma de prevenção contra o vírus HIV para pessoas que tenham tido contato com o vírus recentemente através do sexo sem camisinha. Durante 30 dias essa pessoa irá tomar os remédios antirretrovirais para que não haja contaminação e a pessoa não seja infectada pelo HIV. Mas é importante saber que há um prazo para correr até o posto mais próximo e solicitar o PEP. Após 72 horas desde o contágio, não adianta mais correr, a contaminação será feita.

ENTÃO O HIV NÃO É MAIS UMA AMEAÇA?

Muito pelo contrário. É uma doença grave que as pessoas simplesmente deixaram de se importar devido o avanço do tratamento. Ninguém quer ficar doente. Ninguém quer tomar remédios para o resto da vida. Hoje a AIDS não mata mais. Mas o preconceito sim. E para que não haja preconceito, procure se informar, pesquisar, saber sobre a doença. Nós temos medo do desconhecido. Quando nos informamos e tomamos conhecimento, o que antes nos assustava, deixa de assustar.

Pense no amanhã e pense que tudo pode ser diferente. Vamos acabar com o PRECONCEITO. Vamos ser mais humanos. A AIDS mata! O preconceito também.


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